TDAH, Consistência e Blogs: Uma Conversa Sincera

Como já contei antes nos posts anteriores, tive o diagnóstico tardio de TDAH. Tenho essa dificuldade em manter o foco e também a constância no que faço. Fora os interesses aleatório por coisas aleatórias. Meu hiper foco por algo as vezes é tão grande que eu chego a esquecer que tenho um blog, uma vida, um trabalho. 




Eu resolvi escrever sobre esse assunto para que talvez eu possa ajudar alguém com os mesmos problemas. Eu sempre fiz várias coisas ao mesmo tempo. Mas a verdade é que nunca termino nenhuma delas. 

Isso me causava uma grande frustração. Um dia vi a Dr. Ana Beatriz falar que; “ TDAH não tratado, a pessoa não vira ninguém na vida”, isso foi um empurrão para que eu buscasse ajuda. E realmente o TDAH não tratado com o tempo surge outras questões. Eu já me sentia sobrecarregada. Me sentia cobrada demais. 

O dia que recebi o diagnóstico, foi um verdadeiro alívio. Pois agora muita coisa fazia sentido. 
Passei por vários medicamentos até chegar na atomoxetina que é o que uso até hoje. Demorou cerca de 3 meses para que eu pudesse ver um pouco de resultado. De repente, foi como se eu enxergasse o que eu não enxergava antes. Um dos exemplos que mais me marcou foi ver que eu já estava com 43 e não tinha filhos. A vida inteira eu havia programado que teria minha família na casa dos 30. Mas aqui estava eu com 43 e nem perto de isso acontecer. Eu sei que hoje em dia muitas mulheres deixam para ter filhos mais tarde. Mas após alguns exames, eu percebi que o buraco era mais embaixo. 

Tratar o TDAH é importante. Ainda mais se for diagnosticado ainda na infância. O cérebro do TDAH é uma potência incrível se bem aproveitado. Por causa dos impulsos do TDAH eu já fiz muitas coisas. Já criei, já viajei, já conheci pessoas, e acredito que muita coisa que vivi e me permiti viver foi graças ao TDAH. Pois ser diferente também tem a sua beleza. Se você está lendo isso, e se identificando, não tem nada de errado ser diferente. 

Minha tia Oscarina certa vez me contará sobre minha bisavó. Foi a única pessoa que falou sobre a Minha bisavó. Eu sempre fui muito curiosa, fazia perguntas. Minha mãe sempre me contou muitas histórias da família dela. Mas por algum motivo, a família da parte do meu pai sempre me intrigava. Pois fora minhas tias, primos, eu não tinha muita informação. Ninguém falava.  E nem é que não nos damos bem. Eu me dou super bem, aliás, eu super me identifico com eles. Sou bem parecida com minhas tias da parte do meu pai. Meu jeito de falar, de rir, ser amigável com todo mundo não importa quem seja. 
Um dia fui tomar café com minha tia Oscarina, ( que Deus a tenha já faleceu) , e eu adorava conversar com ela. Ela era super lúcida. Lembrava de detalhes, datas, quem me dera ser assim. As vezes esqueço até meu aniversário ! 

A tia Oscarina me trouxe um verdadeiro ouro ! Saber o que eu mais gostava. Historia dos meus ante passados. Eu sei, certas histórias não são bonitas de saber. Mas eu gosto de ver uma forma de trazer luz a tudo isso. Pois graças a todos ali atrás, que estou aqui hoje. A tia Oscarina colocou uma sementinha na minha cabeça, e é exatamente o que vou fazer com você agora antes de terminar esse post. Ela jogou uma bomba pra mim e saiu correndo. “Você sabia que sua bisavó era Italiana ? “ 
Eu fiquei tipo; Oxi…. Eu sabia que tinha afro descendência, e japonês no meu sangue. Não mais que isso…

 E ali nasce o próximo post que vou contar pra vocês. 
Se com esse post eu ajudar uma pessoa, eu já estarei feliz. Até o próximo post. Pati :)


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